O Anti-Cristo!

Postando minhas idéias e opiniões sobre a vida, a arte, e sobre o que mais der vontade!

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sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Que ruflem os tambores!

Pois é... as coisas estão ficando agitadas, dinâmicas, rápidas e, de alguma forma, assustadoras! Entrevistas, contatos, ansiedade, espera, paciência e um pitaco de sorte! Veremos no que esse caldeirão todo vai dar. Três destinos sendo decididos em um ou dois meses! Espero que lado-a-lado caminhemos, ou melhor, naveguemos... Torcida na expectativa, a coisa ta sinistra!

Obs.: Perdão pelo post tão vago, prometo explicar-me em breve, uma explicação que será um lamento ou um estouro de felicidade! Esperemos...

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Drifting...


Vou remando por um rio, numa pequena e aconchegante canoa, minha canoa. As pedras atrapalham a navegação, a correnteza ficando cada vez mais forte, as árvores ao meu redor me seduzem... Quando posso estico os braços, largo os remos, para tentar alcançar algumas folhas na margem esquerda. Quanto mais bela a folha, mais me estico, mais me desequilibro, até caí algumas vezes!

Levantando-me com cortes por todo o corpo, minha canoa quase se vai sem mim, escolho os galhos e folhas que desejo, o restante me seguirá por um tempo, mas logo logo as mesmas pedras que me derrubam fatalmente os prenderão. Não serão totalmente abandonados, alguém pode pegá-los atrás de mim, só não me serviram de alguma forma.

A correnteza está aumentando, o rio está mais raso, as pedras nem me deixam descansar, a luz está cada vez mais forte, as árvores diminuíram sua densidade, o que está acontecendo? Me recordo de quando Shakespeare disse para vivermos o hoje, pois o amanha é muito incerto e tem mania de cair ao vazio... E o rio simplesmente se interrompe!

Estou caindo, não tenho onde me agarrar, as árvores não mais estão aqui! Me desespero por um momento até perceber a beleza das águas que estão caindo junto ao meu corpo inerte... Cada gotinha daquela compartilha a sensação de total ausência de peso, queda livre. De repente tudo some, a luz é pouca e turva, o som abafado, as gotinhas não mais estão aqui, não sinto mais o ar, estou completamente submerso.

Não estou só, quantas bolhas sorridentes, que fazem-me sorrir, sorrindo pra mim, isso me deixa feliz! Sigo as bolhas em busca do ar e me encontro na calmaria, minha canoa parada em uma margem, a correnteza se foi, posso descansar agora! Cadê minhas belas folhas e galhos que arranquei com tanto sacrifício? Estão todos aqui, espalhados mas, aqui!